A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, na manhã desta quarta-feira (30), a Operação Reta Final, com o objetivo de desarticular e descapitalizar uma facção criminosa atuante no tráfico de drogas nos municípios de Arenápolis e Nortelândia.

Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão domiciliar expedidos pelo juízo do Núcleo de Inquéritos Policiais (NIPO). As ordens judiciais foram direcionadas a doze endereços em Arenápolis e um em Nortelândia, incluindo residências, bares e chácaras vinculados aos investigados.

Durante a operação, seis pessoas foram presas em flagrante por tráfico de drogas — todos alvos diretos das ordens judiciais. A ofensiva teve como foco principal atingir os membros da facção que atuam como “gerentes” nos pontos de venda de entorpecentes.

As investigações tiveram início em fevereiro de 2024, após a prisão de um dos integrantes da organização criminosa. A partir desse fato, a Polícia Civil conseguiu mapear a estrutura hierárquica do grupo e identificar sua rede financeira. Foram revelados esquemas de cobrança de repasses periódicos, entregas de drogas, movimentação de dinheiro em espécie e divisão de funções entre fornecedores, gerentes e arrecadadores.

Conforme o delegado Hugo Abdon Lima, responsável pelas investigações, os materiais apreendidos serão submetidos à perícia técnica para aprofundamento das investigações e possível desdobramento em novas medidas cautelares contra os envolvidos.

A operação foi conduzida pelas Delegacias de Arenápolis e Nortelândia, com apoio de equipes de Lucas do Rio Verde, São José do Rio Claro, Diamantino e Nova Mutum.

A Operação Reta Final faz parte da Operação Inter Partes, inserida no programa Tolerância Zero contra as Facções Criminosas do Governo do Estado. A ação também integra a Operação Renorcrim, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Diretoria de Inteligência e Operações Integradas (DIOPI) da SENASP.